(Reuters) – A Agropalma deu início às obras de reativação da planta industrial no Estado do Pará para retomar a produção de biodiesel a partir de produtos do óleo de palma no fim de 2023, informou a companhia nesta sexta-feira.

A operação de biodiesel da companhia foi descontinuada em 2010 porque “a usina utilizava apenas o ácido graxo de palma para a produção de biodiesel, e a operação deixou de ser financeiramente viável”.

A Agropalma –grande produtora de óleo de palma, com seis indústrias de extração, duas refinarias e um terminal de exportação– disse que agora novas tecnologias disponíveis permitirão a utilização dos resíduos do processo de produção do óleo de palma para a fabricação do biodiesel.

“Atualmente, destinamos esse material para produtores de biodiesel, mas, com o avanço tecnológico, a companhia entendeu ser operacionalmente e financeiramente mais vantajoso transformar, em sua própria usina, essa matéria-prima em biodiesel”, disse em nota o diretor de Operações Refinarias da Agropalma, Edison Delboni.

Inicialmente, poderão ser produzidos até 18 milhões de litros de biodiesel por ano, que serão destinados principalmente para o Norte e Nordeste. Em 2021, o Brasil produziu 7 bilhões de litros do biocombustível, segundo a reguladora ANP.

“Apesar de não ser um volume expressivo, a reativação da usina de biodiesel cumprirá uma função estratégica de dar uma destinação mais nobre aos subprodutos dos processos produtivos da Agropalma”, acrescentou Delboni.

A Agropalma não revelou o valor do investimento para a reativação da planta, por se tratar de informação estratégica.

(Por Rafaella Barros)