Em reunião realizada nesta terça-feira, 22, em Brasília, entre o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o peemedebista demonstrou que ficará “neutro” nas discussões a respeito do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

“Estamos conversando com os principais protagonistas desse processo e na conversa com o Renan ele se colocou neutro”, afirmou Maia ao jornal O Estado de S.Paulo. “Mas não tem como ele não tocar o processo, porque quem vai decidir o impeachment é a sociedade”, emendou.

Se passar pela Câmara dos Deputados, o processo de impeachment será encaminhado ao Senado. Uma vez recebido, a presidente Dilma deverá se afastar do cargo pelo prazo de 180 dias.

Renan também esteve reunido nesta terça-feira com o ex-presidente Lula e com o ex-presidente José Sarney. Segundo o presidente do Senado, na ocasião, não foram discutidos os possíveis desdobramentos do processo de afastamento da presidente.

Após o encontro com os ex-presidentes, Renan declarou na chegada ao Senado que se o impeachment ocorrer sem a caracterização do crime de responsabilidade terá “outro nome”. Ele, contudo, não chegou a usar o termo “golpe”.

“Eu acho que o impeachment em circunstância normal é uma coisa normal, mas é bom que as pessoas saibam – e a democracia exige que nós façamos essa advertência – que para haver impeachment tem que haver a caracterização do crime de responsabilidade da presidente da República. Quando o impeachment acontece sem essa caracterização, o nome sinceramente não é impeachment, é outro nome”, considerou.