As três principais organizações agrícolas espanholas anunciaram, nesta sexta-feira (2), que vão manter as suas manifestações, depois de se reunirem com o ministro da Agricultura, Luis Planas, que prometeu “trabalhar” para resolver a crise no setor.

Os protestos terminarão “assim que tivermos medidas concretas” que beneficiem os “trabalhadores rurais”, explicou à imprensa a vice-presidente da União dos Pequenos Agricultores e Pecuaristas (UPA), Montserrat Cortiñas.

Uma mensagem apoiada pelos outros dois grandes sindicatos agrícolas, Asaja (Associação Agrária de Jovens Agricultores) e Coag (Coordenadoria das Organizações de Agricultores e Pecuária).

“O campo tem que ser notado”, disse José Manuel Cebollada, vice-presidente da Asaja, avaliando que a política atual “dá mais prioridade à proteção ambiental do que aos direitos dos agricultores e pecuaristas”.

A reunião foi convocada com urgência pelo ministro Luis Planas, ansioso por aliviar a pressão sobre o campo espanhol, que anunciou na terça-feira que se juntaria ao movimento de protesto europeu com uma série de manifestações “nas próximas semanas”.

Após a reunião, o ministro socialista mostrou-se compreensivo com a indignação dos agricultores, e prometeu defender uma “simplificação” administrativa contra “o acúmulo de muitas regulamentações” da política agrícola da União Europeia, conhecida pela sua sigla PAC.

Os agricultores espanhóis denunciam uma “crescente frustração e agitação” devido à burocracia sufocante derivada das regras europeias e devido à “concorrência desleal” de países fora da UE, que, segundo eles, não estão sujeitos às mesmas obrigações.

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