BUENOS AIRES (Reuters) – Os agricultores argentinos venderam 30,5 milhões de toneladas de soja para o temporada de 2020/21, depois que foram registradas transações de 495.300 toneladas em uma semana, informou o Ministério da Agricultura nesta terça-feira em relatório com dados atualizados até 22 de setembro.

O ritmo de vendas de uma das principais safras da Argentina ficou aquém da temporada anterior, quando na mesma data tinham sido registradas vendas de 32,2 milhões de toneladas da oleaginosa, segundo informações oficiais.

A colheita de 2020/21 da soja na Argentina encerrou em junho com uma produção de 43,1 milhões de toneladas, segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BdeC), que estima a colheita da temporada de 2019/20 em 49 milhões de toneladas.

As divisas geradas pelas exportações agrícolas são essenciais para a economia da Argentina, que está em um estado de estagflação há mais de dois anos, agravado pelos efeitos da pandemia do Covid-19.

Em relação à soja de 2021/22, cuja semeadura começa em outubro na Argentina, o país já comercializou 1,9 milhão de toneladas, segundo dados oficiais. A BdeC estima a colheita de soja para a nova safra em 44 milhões de toneladas.

Para o milho de 2020/21, o governo informou que as vendas do cereal já foram registradas em um total de 40,9 milhões de toneladas, 3,7 milhões de toneladas a mais que na mesma data da temporada anterior. O milho de 20/21 teve uma produção final de 50,5 milhões de toneladas, segundo a BdeC.

Enquanto isso, o trigo de 2021/22 registrou vendas de 7 milhões de toneladas, em comparação com 5,1 milhões vendidas na mesma data na temporada anterior, disse o governo. O BdeC estimou a produção de trigo 21/22 em um recorde de 19,2 milhões de toneladas. A colheita começa em novembro.

(Reportagem de Agustín Geist)

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