Por mais de um ano ouviu-se a pergunta, sempre não respondida por um silêncio ensurdecedor: cadê o Queiroz? Porém, desde o último dia 18 o mistério acabou, e hoje Fabrício Queiroz encontra-se hospedado em um presídio fluminense, à disposição da Justiça.

Coincidentemente, ou nada coincidentemente, também desde o mesmo dia 18 o presidente resolveu imitar o amigo de fé, irmão camarada e… sumiu! Há dois domingos não temos notícias de atos golpistas em Brasília. Há exatos doze dias não assistimos àqueles “pit stops” patéticos, à porta do Palácio do Alvorada. Incrivelmente, também, nenhum outro Poder ou mesmo a imprensa foram atacados e agredidos no período. Afinal, cadê o Bolsonaro?

Visto esporadicamente, aqui e ali, no velório de um militar e na inauguração de uma obra que não é sua (ainda bem, para ele, pois mais um exemplo da dramática corrupção lulopetista), o presidente surgiu tímido, um pouco disperso, durante a despedida – ou seria fuga? – do ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, e a apresentação do novo, o Doutor que não é Doutor, Carlos Decotelli.

Outro momento de súbita aparição presidencial foi durante a “live” semanal. Além das abobrinhas de sempre e aquele constrangimento alheio de quem se arrisca à assistir ao “freak show”, nada de ataques ou ofensas. No máximo, a impagável expressão petrificada do ministro Paulo Guedes, ao som de Ave Maria, de Schubert, na voz e sanfona do presidente da Embratur, Gilson Machado Neto, cuja afinação só não é pior que o inglês “a la” Joel Santana.

A continuar assim, daqui um mês ou dois, diante das pitadas de filme pastelão destes últimos dias, intuo que começaremos a sentir falta do presidente Bolsonaro velho-de-guerra, cabra-macho, sim, senhor. Porque o Bolsonarinho Paz e Amor “tá osso” de aguentar!

O antigo Bolso é pior, sem dúvida. É perigoso e só faz mal ao País. Mas é inegavelmente mais divertido de criticar, ainda que a baixeza e mau gosto sejam praticamente idênticos aos dois.