Guilherme Amado Coluna

Coluna: Guilherme Amado, do PlatôBR

Carioca, Amado passou por várias publicações, como Correio Braziliense, O Globo, Veja, Época, Extra e Metrópoles. Em 2022, ele publicou o livro “Sem máscara — o governo Bolsonaro e a aposta pelo caos” (Companhia das Letras).

Agora na reserva, general alvo do bolsonarismo tem nova missão no governo

General Richard Nunes, que passou à reserva no final de julho, é o novo diretor-geral do centro que comanda o Sistema de Proteção da Amazônia

Tânia Rêgo/Agência Brasil
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Recém-transferido à reserva do Exército, o general Richard Nunes ganhou uma nova missão no governo Lula. Ele foi nomeado nesta segunda-feira, 1º, como diretor-geral do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), cargo vinculado ao Ministério da Defesa. Ele vai substituir Rafael Pinto Costa, que passará a ser diretor-geral-adjunto.

O Censipam, agora comandado pelo general da reserva, é o responsável por planejar e coordenar ações do governo na Amazônia Legal e no espaço marítimo brasileiro, por meio do monitoramento com radares, estações meteorológicas e plataformas de coleta de dados.

Chefe do Estado-Maior do Exército até o final de julho, quando passou à reserva, Richard Nunes ficou conhecido por ter sido secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro durante a intervenção federal no estado, em 2018, no governo Michel Temer.

Nomeado por Walter Braga Netto a esse posto na intervenção, Nunes acabou se tornando alvo de ataques de bolsonaristas nos últimos anos por não ter aderido ao golpismo na caserna. Ele era um dos generais chamados pelos radicais de “melancia”, ou seja, verde por fora e vermelho por dentro.