Agente de jogadores da Série A é investigado por crimes fiscais

NÁPOLES, 17 MAR (ANSA) – A Guarda de Finanças de Nápoles apreendeu nesta quarta-feira (17) cerca de 1,6 milhão de euros das contas bancárias da Marat Football Management, empresa do agente de jogadores de futebol da Série A, Mario Giuffredi, no âmbito de uma investigação sobre supostos crimes fiscais.   

O caso diz respeito às supostas demonstrações financeiras fraudulentas e à emissão de faturas falsas para operações inexistentes. Ao todo, seis pessoas são alvos do inquérito apurado pelo Ministério Público.   

Giuffredi cuida dos interesses esportivos e da imagem de alguns atletas profissionais que atuam na Série A italiana, incluindo os zagueiros Mario Rui, Elseid Hysaj, Cristiano Biraghi e Giovanni Di Lorenzo, o meio-campista Jordan Veretout e o atacante Gennaro Tutino. Nenhum desses jogadores, porém, é investigado.   

De acordo com as autoridades, a empresa Marat Football Management teria utilizado “faturas falsas” entre os anos de 2018 e 2019, uma operação que resultou num montante total superior a 3 milhões de euros, com uma poupança fiscal ilegal de cerca de 1,6 milhão de euros.   

As investigações apuraram que o esquema se dava por meio da emissão de notas fiscais para associações esportivas amadoras complacentes por serviços fictícios prestados supostamente pela empresa de Giuffredi. Para demonstrar uma veracidade na operação, os pagamentos pelo trabalho não realizado eram efetuados por meio de transferência bancária e, em seguida, os valores eram sacados, quase sempre de forma fracionada, e devolvidos – por meio de uma série de cúmplices – ao representante legal da empresa investigada.   

“Mario Giuffredi, como único diretor da Marat Football Management, está sujeito a investigações exclusivamente por sonegação fiscal, pois foi contestada a dedutibilidade das despesas incorridas em 2018 e 2019 com patrocínios esportivos, olheiros e despesas com publicidade”, explicou o advogado do empresário, Guido Furgiuele.   

Em nota, a defesa de Giuffredi também alega que seu cliente não é investigado por lavagem de dinheiro ou emissão de notas fiscais de operações inexistentes. “Mario Giuffredi declara sua inocência pelas acusações de evasão fiscal que lhe foram feitas, pois os custos contestados dizem respeito às despesas compatíveis com o setor de atuação da Marat Football”. (ANSA)