BRUXELAS, 4 MAI (ANSA) – A agência de medicamentos da União Europeia (EMA) iniciou nesta terça-feira (4) o procedimento de “revisão contínua” da vacina Coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac.   

Esse é o quarto imunizante sob análise da EMA neste momento, ao lado das fórmulas da americana Novavax, da alemã CureVac e da vacina russa Sputnik V. Além disso, a agência já autorizou o uso dos imunizantes de Biontech/Pfizer, Moderna, Oxford/AstraZeneca e Janssen.   

Normalmente, toda a documentação referente ao processo de aprovação de um medicamento é entregue à EMA de uma só vez. No entanto, no caso de uma “revisão contínua” (“rolling review”, em inglês), a agência analisa os dados conforme eles vão sendo disponibilizados.   

Após a EMA considerar que as informações já são suficientes, os fabricantes devem submeter um pedido formal de registro. A Coronavac é a vacina anti-Covid mais utilizada no Brasil devido a uma parceria da Sinovac com o Instituto Butantan, órgão ligado ao governo do estado de São Paulo.   

A fórmula se baseia em uma versão inativada do coronavírus Sars-CoV-2, causador da Covid-19, e tem eficácia de pouco mais de 50% contra casos sintomáticos da doença e de 100% contra contágios graves.   

Os atrasos na entrega de vacinas, especialmente por parte da AstraZeneca, aumentaram a pressão para a UE buscar outros imunizantes no mercado, já que, até o momento, o bloco comprou apenas produtos de laboratórios de países ocidentais.   

Além das quatro vacinas já em uso em seus Estados-membros, a União Europeia tem contratos com CureVac e Sanofi/GSK, cujos imunizantes ainda não estão disponíveis. (ANSA).