AGCO registra lucro líquido de US$ 70,7 Mi no 3º tri; aumento é de 16,28%

São Paulo, 30 – A AGCO, fabricante norte-americana de máquinas agrícolas, registrou lucro líquido de US$ 70,7 milhões, ou US$ 0,89 por ação, no terceiro trimestre de 2018 encerrado em 30 de setembro. O resultado representa aumento de 16,28% ante igual período do ano passado, quando a empresa teve lucro de US$ 60,8 milhões, ou US$ 0,76 por ação.

A receita líquida no período aumentou 11,5% na mesma comparação, de US$ 1,9 bilhões para US$ 2,2 bilhões. O lucro por ação ajustado ficou em US$ 0,91, excluindo despesas de reestruturação, ante US$ 0,79 no terceiro trimestre de 2017. Se excluídos os impactos cambiais de aproximadamente 5,9%, o desempenho das vendas líquidas ajustada no período registra um incremento de 17,4% em relação a igual intervalo do ano anterior.

“O sólido desempenho operacional da AGCO em nossas unidades de negócios regionais e os desenvolvimentos construtivos do mercado estão impulsionando o crescimento das vendas e dos lucros”, afirmou Martin Richenhagen, CEO da companhia.

Na análise do executivo, o maior crescimento do faturamento na América do Norte e do Sul contribuiu para uma melhora na receita operacional em todas as regiões. “Os aumentos de preço e os esforços de controle de custos ajudaram a compensar a maior parte da inflação de custos relacionados ao comércio. Nossos lançamentos de novos produtos estão ressoando com os clientes, resultando em uma forte demanda em todos os nossos mercados-alvo”, explicou Richenhagen.

As vendas líquidas no terceiro trimestre na América do Sul avançaram 2,78%, de US$ 273,5 milhões para US$ 281,1 milhões. Segundo a companhia, o crescimento das vendas no Brasil foi parcialmente compensado por quedas na Argentina.

“A fraca demanda da indústria no Brasil no primeiro semestre de 2018 melhorou no terceiro trimestre, depois que foram anunciados mais termos positivos para o programa de financiamento do governo. As vendas do setor caíram na Argentina em resposta a uma fraca primeira colheita e ao declínio do peso”, justificou o CEO.

Richenhagen disse, ainda, que o rendimento global da safra deve subir modestamente em relação ao nível de 2017. “As safras robustas na América do Norte estão sendo compensadas pela produção mais baixa na União Europeia (UE), Argentina e Austrália devido às condições de seca nessas áreas. No entanto, o aumento no consumo de grãos neste ano deverá resultar em estoques de grãos mais baixos no fim do ano”, argumentou. O executivo considerou que a demanda por substituição de máquinas crescerá no período.

Já a demanda na América do Sul no acumulado do ano inteiro em comparação a 2017, deverá ser relativamente estável, de acordo com a companhia. “As maiores vendas no varejo no Brasil deverão ser compensadas por vendas menores na Argentina. Nossa visão de longo prazo continua muito otimista para a demanda na indústria de equipamentos agrícolas. Esperamos a alta demanda de grãos impulsionada pelo crescimento populacional, possa resultar em níveis de renda favoráveis para os agricultores”, projeta Richenhagen.

As vendas líquidas gerais da empresa no ano estão reportadas em US$ 6,8 bilhões, alta de aproximadamente 17% em comparação com o mesmo período de 2017. Já o lucro por ação ficou em US$ 2,33 e US$ 2,58 (este em base ajustada). (Com informações da Dow Jones Newswires)