As eleições na África do Sul para eleger um novo Parlamento, que escolherá um presidente em seguida, serão realizadas em 29 de maio, anunciou o chefe de Estado, Cyril Ramaphosa.

O desemprego, o aumento da pobreza e as crescentes desigualdades neste país de 62 milhões de habitantes alimentam um descontentamento crescente.

Segundo pesquisas de opinião, o Congresso Nacional Africano (ANC), no poder desde as primeiras eleições democráticas do país, em 1994, poderia pela primeira vez perder a maioria absoluta no Parlamento e ser obrigado a formar um governo de coalizão.

A imagem deste partido de 110 anos de existência tem sido minada por casos de corrupção, pelo clientelismo e um balanço econômico medíocre.

O ANC deveria apresentar seu programa na próxima semana e o principal partido da oposição, o liberal Aliança Democrática (DA), lançou sua campanha eleitoral no fim de semana passado.

O líder da DA, John Steenhuisen, prometeu criar dois milhões de empregos, pôr fim à crise energética e reduzir a criminalidade na África do Sul, um dos países mais perigosos do mundo, com quase 84 homicídios por dia registrados nos últimos três meses de 2023.

Algumas pesquisas mostram o DA ombro a ombro com o partido de esquerda Economic Freedom Fighters (EFF), atrás do ANC.

John Steehuisen assegurou recentemente que descartava a possibilidade de uma coalizão com o ANC, pois quer tirá-lo do poder.

Cerca de 27,5 milhões de sul-africanos estão habilitados a votar.

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