O ministro sul-africano de Relações Exteriores, Ronald Lamola, pediu “ao maior número possível de países” que pressionem Israel para que “ponha fim às atividades genocidas” em Gaza.
“Acolhemos com satisfação a intenção da França, Canadá e outros países de todo o mundo de reconhecer” o Estado palestino. “Isso aumentará a pressão para alcançar um cessar-fogo”, acrescentou Lamola, em uma entrevista exclusiva à AFP em Pretória.
A África do Sul é uma das principais vozes críticas em relação às ações de Israel em Gaza, e em dezembro de 2023 apresentou o caso à Corte Internacional de Justiça, o principal tribunal da ONU, alegando que sua guerra no território palestino equivalia a genocídio.
“Quando alguns de seus amigos e alguns países dizem: ‘Não, isso não pode continuar’, isso nos aproxima cada vez mais do momento em que o regime israelense ponha fim às suas atividades genocidas, em que o acesso humanitário à população de Gaza seja autorizado, em que aceitem sentar-se à mesa de negociações para um cessar-fogo”, afirmou o ministro sul-africano.
O governo israelense, em guerra contra o Hamas desde o ataque sem precedentes do movimento islamista palestino em 7 de outubro de 2023, enfrenta uma crescente pressão para encontrar uma saída para o conflito.
A opinião pública israelense está preocupada com o destino dos 49 reféns que continuam cativos em Gaza desde seu sequestro naquele dia, 27 dos quais foram declarados mortos pelo exército.
E cada vez mais vozes internacionais se levantam diante do sofrimento de mais de dois milhões de palestinos amontoados em um território devastado e ameaçado por uma “fome generalizada”, segundo a ONU.
fal/clv/es/mb/ic/am