O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, lamentou nesta segunda-feira (7) que alguns “queiram punir” o Brics, após as ameaças do presidente americano, Donald Trump, de impor mais tarifas ao bloco de países emergentes.
No Rio de Janeiro, Cyril Ramaphosa chamou de “decepcionante” que a cúpula do Brics possa ser vista “de forma negativa”, em entrevista à emissora pública sul-africana SABC.
“Qualquer país que se alinhe às posições políticas antiamericanas do Brics estará sujeito a uma taxa alfandegária ADICIONAL de 10%. Não haverá exceção a essa política”, ameaçou o presidente americano no dia anterior em sua plataforma Truth Social.
“É realmente decepcionante que, após uma iniciativa coletiva tão positiva como a do Brics, alguns possam percebê-la de forma negativa e querer punir aqueles que participam”, reagiu o presidente sul-africano nesta segunda-feira.
Composto por 11 grandes países emergentes, incluindo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o Brics “não busca competir com outras potências”, afirmou Cyril Ramaphosa, que tenta se apresentar como um porta-voz do “Sul global”.
“Não deve haver vingança ou retaliação contra países que buscam cooperar e promover os interesses da humanidade”, disse o presidente sul-africano, cujo país propôs um acordo comercial para evitar as tarifas alfandegárias.
“A lei do mais poderoso não pode se tornar a regra”, acrescentou Cyril Ramaphosa.
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