A Agence France-Presse (AFP) abrirá na quinta-feira (12) em Paris sua primeira galeria dedicada à fotografia, com uma exposição inédita para o 80º aniversário da libertação da capital francesa.

A mostra, que poderá ser vista na sede da agência até 2 de novembro, chama-se “Paris 1944, uma semana em agosto”.

O horário de visitação será das 11h às 18h, de quarta a sábado. A longo prazo, a galeria apresentará exposições gratuitas várias vezes ao ano.

O objetivo é “mostrar ao público a riqueza excepcional da coleção fotográfica da agência, que frequentemente fica adormecida nas gavetas”, explicou Marielle Eudes, diretora de projetos fotográficos especiais.

“Com seis milhões de documentos fílmicos, incluindo 350.000 placas de vidro, e cerca de 20 milhões de documentos digitais, os arquivos fotográficos da AFP constituem um tesouro histórico, patrimonial e fotográfico que deveria ser acessível a todos”, acrescentou.

A galeria também pretende apresentar os fotógrafos que ajudaram a construir a reputação do serviço de foto da agência. Várias coleções serão colocadas à venda, afirmou Eudes.

A exposição é um diálogo entre as imagens dos profissionais da agência e as fotos amadoras da coleção de dois apaixonados, Laurent Fournier e Alain Eymard.

Em agosto de 1944, “profissionais, correspondentes de guerra e fotógrafos de agências” retrataram “os últimos combates no coração da capital”, destaca o dossiê de imprensa.

Muitos deles “trabalharam com a AFP desde o início”, acrescentou. A antiga agência Havas, que caiu sob controle alemão em 1940, foi retomada em 20 de agosto de 1944 e renomeada Agence Française de Presse.

As reportagens de agosto de 1944 eram coordenadas “na medida do possível” por Henri Membré, que usava um distintivo da resistência francesa e mais tarde criou o serviço fotográfico da AFP.

“Ao mesmo tempo, os parisienses tiraram suas câmeras de fole, guardadas nas gavetas desde a ordem alemã de 16 de setembro de 1940 que proibia tirar fotos no exterior”, lembrou a AFP.

“Suas fotos, muitas vezes borradas, tiradas à distância e nem sempre bem enquadradas, testemunham a exaltação de um momento que sabem ser histórico”, apontou.

A AFP, que publicou seu primeiro despacho em 20 de agosto de 1944, é uma das três maiores agências de notícias do mundo.

Através do trabalho de 2.600 colaboradores de 100 nacionalidades, oferece aos meios de comunicação de todo o mundo, bem como a empresas, instituições e plataformas digitais, informações em seis idiomas (francês, inglês, espanhol, alemão, português e árabe) e em todos os formatos (texto, foto, vídeo, infografia, áudio).

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