Um cidadão afegão, acusado de planejar atentados na Itália e em outros países europeus, foi detido em Bari, no sul da Itália, segundo as autoridades locais nesta terça-feira.

Outro afegão foi detido por tráfico de migrantes, enquanto outros cúmplices, dois afegão e um paquistanês, continuam sendo procurados.

A investigação iniciou em dezembro quando a polícia prendeu quatro afegãos que estavam filmando em um centro comercial de Bari, e confiscaram seus telefones celulares.

Nos aparelhos, foram encontrados vídeos do centro comercial, assim como do aeroporto e do porto de Bari, e de locais-chave de Roma, Paris e Londres.

“Tratam-se de imagens aparentemente insignificantes, mas no conjunto, formam um percurso por lugares sensíveis”, explicou em entrevista coletiva o promotor Roberto Rossi.

Os celulares continham imagens de veículos militares e armas, assim como vídeos de propaganda dos talibãs com canções de preparação ao martírio. Além disso, um dos detidos posava com uma metralhadora M16.

Os investigadores descobriram e decifraram a conta proveniente do tráfico de migrantes na Itália, Hungria e Calais, na França.

Um dos celulares mantém alguns segredos. Trata-se de um iPhone que os investigadores não conseguiram desbloquear, explicou Rossi, afirmando que o respeito à vida privada não pode ser mais importante do que a segurança.

Os dois afegãos detidos haviam obtido uma permissão de residência na Itália por razões humanitárias.

O ministro do Interior italiano, Angelino Alfano, elogiou ‘o alto nível’ da investigação e lembrou que nenhum país está isento de risco.

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