A AES Brasil vislumbra que a modernização do setor elétrico, atualmente em discussão no âmbito do governo federal, viabilize novas oportunidades de negócios que a companhia já vem buscando desenvolver. Entre elas, destaque para a usina elétrica virtual (VPP, na sigla em inglês). “Na modernização, trabalharemos para que essa possibilidade venha a ocorrer e seja habilitada no sistema elétrico nacional”, disse o presidente da AES Tietê, Ítalo Freitas, citando que no Colorado (EUA), a AES já possui uma usina do tipo. “Esperamos que isso seja contemplando na modernização, isso dará eficiência maior, já que estamos necessitando de flexibilidade maior no sistema elétrico”, disse, durante participação no Smart Grid Forum 2019.

A usina virtual funcionaria agregando carga de energia de consumidores para a comercialização no mercado livre. “Seria um mecanismo de resposta da demanda”, disse, referindo-se a uma iniciativa que vem sendo estudada no País que consiste na redução do consumo de consumidores, como opção ao despacho termelétrico visando a modicidade tarifária e a confiabilidade do sistema elétrico.

A AES também vem desenvolvendo “microgrids”, sistemas que realizam a gestão interna de consumo de consumidores como indústrias, por exemplo, fazendo, entre outras coisas, a priorização das cargas, com a possibilidade de sugerir e reduções de consumo e até mesmo automatizar cortes.

Freitas destacou que a tendência de maior desenvolvimento dos serviços de gestão de energia em especial tendo em vista a liberalização do mercado de energia, que no futuro permitirá que qualquer consumidor poderá escolher seu fornecedor de energia. “A uberização da energia vem pela gestão da energia”, disse, sugerindo que consumidores de pequeno e médio porte provavelmente buscarão esse tipo de serviço, já que não terão interesse ou recursos para criar uma equipe própria de gestão desse custo. “Gestão da energia para médio, para pequeno é essencial para que tenha sucesso no setor elétrico brasileiro”, afirmou.

Ele citou, ainda, as iniciativas da companhia voltadas para o desenvolvimento do negócio de armazenamento de energia. “Armazenamento é a nova fronteira do setor e precisa ser aplicada de forma inteligente, em especial onde tem armazenamento natural”, comentou.

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