A companhia aérea americana Alaska Airlines suspendeu a operação de todas as suas aeronaves Boeing 737-9, depois que um de seus voos foi forçado a realizar um pouso de emergência quando uma janela e uma peça da fuselagem explodiram no ar nesta sexta-feira (05/01).

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O rombo na aeronave foi aberto cerca de 20 minutos após a decolagem, causando a despressurização da cabine. Máscaras de oxigênio foram liberadas, e o avião pousou com segurança momentos depois, com seus mais de 170 passageiros e seis tripulantes ilesos.

“Após o evento desta noite no voo 1282, decidimos tomar a medida de precaução de reter temporariamente a nossa frota de 65 aeronaves Boeing 737-9”, afirmou o CEO da Alaska Airlines, Ben Minicucci, em comunicado.

O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos, a Administração Federal de Aviação e a Alaska Airlines informaram que estão investigando o incidente – um procedimento padrão após pousos de emergência.

A Boeing, por sua vez, afirmou que está reunindo mais informações e que possui uma equipe técnica pronta para apoiar a investigação. Minicucci, da Alaska Airlines, confirmou que a companhia aérea está “trabalhando com a Boeing e os órgãos reguladores para entender o que ocorreu”.

Início difícil nos céus

O Boeing 737-9 Max recebeu sua certificação em outubro passado, segundo mostram os registros on-line da Administração Federal de Aviação americana. O modelo já realizou 145 voos desde que entrou em serviço comercial em 11 de novembro.

O Max, bimotor de corredor único, é a versão mais recente do modelo de aeronaves comerciais que mais voa no mundo, o Boeing 737. Em serviço desde maio de 2017, ele é frequentemente usado em voos domésticos nos EUA.

Duas aeronaves Max 8 caíram em 2018 e 2019, matando 346 pessoas e provocando uma suspensão mundial de todos os aviões Max 8 e Max 9 que durou quase dois anos.

Primeiro, em 2018, a queda de um avião Boeing 737 Max da Lion Air na Indonésia matou 189 pessoas. Um ano depois, foi a vez de um Boeing 737 Max da Ethiopian Airlines cair logo após a decolagem de Adis Abeba, matando 157 pessoas.

ek (AFP, AP)