Às vésperas do início das férias da maioria dos brasileiros, com centenas de milhares de passagens confirmadas Brasil adentro, o que era esperado no setor como um potencial “apagão aéreo”, a partir de amanhã, caiu na noite deste sábado (27), após acordo entre as partes.
Uma força-tarefa entrou no saguão das negociações. Envolveu representantes dos pilotos e comissários, do Governo federal (AGU), do Ministério Público do Trabalho e passou até pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).
As grandes companhias aéreas, representadas pelo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), chegaram a um acordo com o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA): ofereceram reajuste salarial com base em 75% do INPC dos últimos dois anos. A categoria aceitou, em votação em assembleia virtual com mais de 7 mil votos computados.
Agora, os cerca de 14 mil filiados ao SNA vão manter a programação de suas escalas nas aéreas e o susto passou no setor. A greve anunciada, conforme publicado pela Coluna na sexta, estava programada com escalonamento: nesta segunda, metade deles paralisariam as atividades, e a outra metade na terça – mantendo prioridade em voos com enfermos e transportes de órgãos.