Advogados de Bolsonaro abandonam STF antes de definição de penas

Antonio Augusto/STF
Foto: Antonio Augusto/STF

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não acompanhou a discussão da dosimetria das penas aos oito réus condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira, 11. O capitão reformado foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por participação na articulação da trama golpista.

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Após o voto da ministra Cármen Lúcia, que selou a formação da maioria pelas condenações, o advogado Paulo Amador Bueno deixou o plenário. Celso Vilardi, o outro responsável pela defesa de Bolsonaro, nem chegou a comparecer à sessão.

Bolsonaro e os outros sete envolvidos na trama foram condenados por quatro votos a um pelos seguintes crimes: tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. 

Votaram a favor da condenação os ministros Alexandre de Moraes, relator do caso, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. O ministro Luiz Fux foi o único que divergiu da pena aplicada ao ex-presidente.

Além de Bolsonaro, o STF decidiu pela condenação de Walter Braga Netto, general, ex-ministro de Bolsonaro e candidato a vice na chapa do ex-presidente; Mauro Cid, tenente-coronel, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator; Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin e deputado federal; Augusto Heleno, general e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional; Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa e Anderson Torres, ex-ministro da Justiça.

A IstoÉ entrou em contato com a defesa de Bolsonaro para entender o porquê da deserção antes do fim da sessão, mas não obteve retorno até o momento desta publicação. O espaço segue aberto para manifestações.