Em um acordo de delação premiada, o empresário e advogado Felipe Rocha Parente, ligado a Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, disse que entregava propinas para a cúpula do PMDB, fruto de dinheiro desviado da subsidiária da Petrobras, segundo reportagem da revista Veja. No texto, a revista informa ter acessado um despacho sigiloso do ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki.

Entre os beneficiários, ainda segundo o texto da revista com base nas informações acessadas, estariam o presidente do Senado, Renan Calheiros, e seu colega senador Jader Barbalho (PMDB-PA).

De acordo com a reportagem, as declarações de Parente ainda precisariam ser comprovadas “no curso da delação”, mas já teriam sido confirmadas por pelo menos três delatores. Em seus depoimentos, o advogado Felipe Parente confirmou a distribuição de propinas a pedido de Sérgio Machado, então presidente da Transpetro, e citou lugares e circunstâncias em que o dinheiro foi entregue.

Ainda segundo a revista Veja, a delação de Parente “é a mais nova arma da Lava-Jato”, pois pode confirmar as narrações de Sérgio Machado, que envolvem caciques do PMDB como José Sarney, Romero Jucá e Valdir Raupp, além de Renan e Barbalho.