SÃO PAULO, 22 JUN (ANSA) – O advogado Frederick Wassef, dono do imóvel em Atibaia (SP) onde Fabrício Queiroz foi preso, deixou a defesa do senador Flávio Bolsonaro, que é investigado em um suposto esquema de desvio de dinheiro público na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).   

Em seu perfil no Twitter, Flávio disse que a decisão foi tomada pelo próprio Wassef, contra a sua vontade. “A lealdade e a competência do advogado Frederick Wassef são ímpares e insubstituíveis. Contudo, por decisão dele e contra a minha vontade, acreditando que está sendo usado para prejudicar a mim e ao Presidente Bolsonaro, deixa a causa mesmo ciente de que nada fez de errado”, escreveu.   

Pouco antes, o advogado afirmara à CNN que deixaria a defesa do senador porque estava “sendo usado pelos inimigos da pátria”.   

Fabrício Queiroz, ex-assessor parlamentar de Flávio na Alerj e amigo de longa data do presidente Jair Bolsonaro, foi preso em um imóvel de Wassef em Atibaia, interior de São Paulo, no dia 18 de junho.   

O advogado ainda não conseguiu explicar por que Queiroz, com quem ele dizia não ter contato, estava em uma chácara de sua propriedade. O ex-assessor é acusado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro de operar um esquema de “rachadinha” no antigo gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj.   

Esse esquema consiste na divisão dos salários de assessores parlamentares com os políticos que os contratam. Segundo o MP do Rio, o senador era o chefe de uma suposta organização criminosa e teria lavado R$ 2,3 milhões obtidos com a “rachadinha”.   

Flávio, por sua vez, diz que é vítima de um “grupo político que tem patrocinado uma verdadeira campanha de difamação”. (ANSA)