Um vídeo de um menino de 8 anos sendo algemado dentro de uma escola por policiais em Key West, na Flórida (EUA), viralizou nas redes sociais. O episódio ocorreu em 2018 e ganhou repercussão esta semana após ser compartilhado pelo advogado Benjamin Crump, que representa a família de George Floyd, homem negro que morreu depois de ficar desacordado ao ser imobilizado por um policial branco.

De acordo com Crump, o menino que aparece no vídeo tem necessidade especiais. Nas imagens, dois policiais de Key West dizem ao garoto que ele “vai para a cadeia”. Um dos policiais faz com que a criança coloque as mãos contra um armário enquanto o revista.

Em seguida, o policial tenta algemar a criança. No entanto, as algemas não couberam no menino. Segundo o New York Post, a polícia foi chamada à escola no dia 14 de dezembro de 2018. A criança supostamente teria socado o peito de uma professora.

Conforme o relatório do caso obtido pelo jornal Miami Herald, a professora disse que o menino se recusou repetidamente a sentar-se adequadamente no banco do refeitório, então ela o chamou para dar um passeio com ela. Foi quando ele supostamente bateu nela e disse “minha mãe vai bater na sua…”.

Os policiais prenderam o menino, que não foi citado no relatório por causa de sua idade, e o acusaram de agressão criminosa. Para Crump, a professora substituta “não tinha consciência ou preocupação com as necessidades da criança o que agravou a situação”. “Este foi um exemplo doloroso de como nossos sistemas educacionais e policiais treinam crianças para serem criminosas, tratando-as como criminosas”.

“Se condenada, a criança neste caso seria um criminoso condenado aos oito anos”, disse Crump em um comunicado. “Este garotinho foi reprovado por todos que participaram desse terrível incidente.”

O chefe de polícia de Key West, Sean T. Brandenburg, disse ao jornal Miami Herald em um comunicado que os policiais não fizeram nada de errado e que “os procedimentos operacionais padrão foram seguidos”.