O ex-chefe da Renault Carlos Ghosn está disposto a reembolsar o Palácio de Versalhes pelos 50 mil euros de custos de seu casamento, realizado em 8 de outubro de 2016, informou seu advogado, Jean-Yves Le Borgne, à AFP.

“Está disposto a pagar. Não sabia desse dinheiro porque não foi faturado. Achou que era de graça”, afirmou o advogado.

A montadora francesa havia indicado na quinta-feira que pretendia informar ao tribunal que Ghosh recebera 50 mil euros em “benefício pessoal” como parte de um patrocínio do Palácio de Versalhes.

De fato, o executivo celebrou sua festa de casamento em um anexo do castelo, sem pagar o custo de seu aluguel, como uma contrapartida de um acordo de patronato entre a Renault e o Palácio de Versalhes.

O aluguel deste anexo está avaliado em 50.000 euros.

O Palácio de Versalhes disse em um comunicado que a Renault “pediu para disponibilizar um anexo para “um jantar em 8 de outubro de 2016”.

Este caso vem à tona após auditorias internas realizadas pela Renault em novembro, depois que Ghosn, seu primeiro executivo, foi preso no Japão por suposta fraude financeira.

Carlos Ghosn renunciou ao cargo de CEO da Renault no final de janeiro. Ele foi demitido da presidência da Nissan e Mitsubishi logo após sua prisão em novembro.

Ghosn, cujos pedidos de fiança foram rejeitados, pode permanecer na cadeia até o julgamento, que não será realizado por vários meses, segundo sua equipe de defesa.

Ele poderá pegar uma pena de até 15 anos de prisão.