Mark Lemley, agora ex-advogado da Meta, grupo dono do Facebook, Instagram, Threads e WhatsApp, anunciou em seu perfil na rede Blue Sky que “demitiu” a Meta como cliente. De acordo com suas postagens, a motivação para deixar de atender a companhia teria sido a masculinidade tóxica de seu CEO, Mark Zuckerberg. Ele também citou “loucura neonazista”.
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“Tenho lutado com a forma de responder a Mark Zuckerberg e à descida do Facebook para a masculinidade tóxica e a loucura neonazista. Embora eu tenha pensado em abandonar o Facebook, encontro grande valor nas conexões e amigos que tenho aqui, e não parece justo que eu deva perder isso”. Diz o primeiro de uma série de posts na rede concorrente do X, de Elon Musk.
Lemley acrescentou que, embora acredite que a Meta esteja do lado certo na disputa de direitos autorais de IA generativa, não pode, “em sã consciência”, continuar a prestar serviços ao grupo como advogado. Ele também disse que decidiu permanecer como usuário do Facebook e do Instagram, mas que não mais comprará qualquer produto anunciado nessas redes, indo direto ao site para não vincular sua compra às plataformas.
https://bsky.app/profile/marklemley.bsky.social/post/3lfnpjquzks2r
O advogado disse também que desativou sua conta do Threads, alegando que “o Bluesky é uma excelente alternativa ao Twitter, e a última coisa de que preciso é dar suporte a um site parecido com o Twitter, administrado por um aspirante a Musk”.
Mais “energia masculina”
No último sábado, 11, Zuckerberg afirmou durante sua participação em um podcast que falta mais “energia masculina” no mundo corporativo.
A declaração ocorreu após o empresário ter se mostrado alinhado com a agenda do presidente eleito Donald Trump e relaxou as políticas contra notícias falsas nas redes da Meta, além de encerrar políticas de inclusão em sua empresa.
Ele afirmou que a cultura corporativa “odeia a masculinidade” e que um ambiente mais agressivo pode ser positivo para os negócios. A declaração foi dada no podcast de Joe Rogan, um dos mais populares dos Estados Unidos.
“Estive rodeado por mulheres minha vida inteira. Acho que tem algo sobre a energia masculina que é bom. Obviamente, a sociedade tem muito disso, mas acho que a cultura corporativa está tentando fugir disso. Todas as formas de energia são boas. Acho que ter uma cultura que celebra um pouco a agressão é positivo”, afirmou o empresário na ocasião.
Na mesma entrevista, Zuckerberg reconhece que ser uma mulher no mundo corporativo pode ser difícil, mas que a sociedade foi longe demais em relação à energia masculina.
“Uma coisa é dizer que queremos ter um ambiente convidativo a todos, e outra coisa é dizer que masculinidade é ruim. Acho que nossa cultura virou para isso, que a masculinidade é tóxica e temos que nos livrar dela. Não, as duas coisas são boas, você quer energia feminina, energia masculina”, ponderou.