O advogado Cosme Araújo, que representa a modelo Najila Trindade na acusação de agressão e estupro contra o atacante Neymar, esteve nesta quarta-feira na 6ª Delegacia de Defesa da Mulher com um objetivo definido: discutir a possibilidade de acareação entre Najila e Neymar. O pedido oficial ainda não foi protocolado até o início da noite desta quarta-feira.

A acareação é a confrontação de testemunhas, entre si ou com as partes, cujos depoimentos anteriores não foram esclarecedores ou apresentam versões conflitantes. Na semana passada, as promotoras de Justiça e Enfrentamento à Violência do Ministério Público que acompanham o caso afirmaram que não enxergavam a necessidade de acareação até aquele momento, mas que a decisão ainda não era definitiva. Não há previsão legal para o procedimento.

A possibilidade de acareação havia sido levantada pelo defensor após o segundo depoimento de Najila nesta terça-feira. “Vou peticionar, se for o caso, para se fazer uma acareação. Porque o povo brasileiro quer saber, o povo mundial quer saber é o que aconteceu entre quatro paredes”, afirmou o defensor. Neymar nega o estupro.

Ao longo de sete horas, Najila prestou três declarações sobre três inquéritos. No primeiro, a acusação de estupro. O segundo trata do arrombamento que ela alega ter acontecido em seu apartamento. Neste episódio, o tablet com imagens do segundo encontro entre Najila e Neymar, gravado pela modelo, teria sido furtado. O terceiro inquérito investiga a acusação de extorsão contra o primeiro advogado, José Edgard Bueno. Ela não é investigada em nenhum deles.

Najila também compareceu para explicar o desaparecimento de seu celular. A Justiça expediu um mandado de busca e apreensão, mas não encontrou o aparelho. A modelo diz que perdeu o celular após ter sido carregada após o primeiro depoimento depois de passar mal na delegacia.

O inquérito está na fase final. Os investigadores evitam fazer projeções, pois revelam que ainda existem diligências para serem realizadas. A delegada Juliana Bussacos deve finalizar o relatório e encaminhá-lo para o Ministério Público, que pode fazer sugestões. A delegada pode pedir abertura de ação penal, o que significa o indiciamento de estupro, arquivamento do caso ou ainda a continuidade das investigações.

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