ROMA, 26 NOV (ANSA) – O advogado do ex-craque Diego Maradona, Matías Morla, criticou o atraso da ambulância enviada para socorrer o argentino e pediu uma investigação aprofundada sobre o assunto.   

Em uma publicação nas redes sociais, Morla afirmou que o resgate chegou “mais de meia hora atrasado” . O advogado escreveu que isso foi uma “idiotice criminosa”.   

“É inexplicável que por 12 horas meu amigo não teve atenção e nem controle por parte do pessoal de saúde. A ambulância demorou mais de meia hora para chegar, foi uma idiotice criminal. Isso não deve ser esquecido e peço que seja investigado até o fim”, escreveu o advogado.   

Morla, que também é cunhado de Maradona, definiu o ex-atleta como uma “pessoa honesta” e lamentou a morte do argentino.   

“É um dia de profunda dor, tristeza e reflexão. Sinto no meu coração a partida do meu amigo. Diego foi um bom filho e foi o melhor jogador de futebol da história. Descanse em paz irmão”, concluiu Morla.   

Médico Alfredo Cahe, histórico médico pessoal de Maradona, criticou as últimas decisões tomadas para cuidar da saúde de Maradona, argumentando que o ídolo “não foi tratado como deveria”.   

“O Diego deveria ter ficado na clínica e em uma área bastante especializada, com uma infraestrutura diferente da casa onde morreu. Em seu quarto deveria estar sempre um médico”, disse Cahe em entrevista à emissora “Telefé”.   

O profissional ainda questionou a forma como foi realizada a cirurgia do hematoma subdural na clínica de Olivos, na Argentina, no último dia 4 de novembro.   

“O exame cardiovascular não foi realizado de forma completa. Não entendi porque havia tanta urgência para operar. Tenho muitas dúvidas, não houve necessidade de fazer essa cirurgia tão rapidamente”, continuou o médico.   

Por fim, Cahe revelou que Maradona passou seus últimos dias em um estado de profunda depressão.   

“Diego estava muito triste e seu psicólogo me ligou para dizer que o moral dele estava no chão. Uma mulher próxima a ele me disse que Maradona se sentia profundamente angustiado, deprimido , e que argumentou que ‘ele não tinha mais nada para fazer na vida'”, concluiu o médico. (ANSA).