A advogada Laura Cardoso costuma atuar em casos de crimes contra a mulher, como o feminicídio. Justamente defender mulheres vítimas de violência, a profissional do Direito sofreu um atentado no último domingo (19) em Pelotas (RS). O carro da advogada foi incendiado enquanto estava estacionado na porta do edifício em que Laura reside.

“Trabalhar com perspectiva de gênero e violência contra a mulher não é fácil. A gente sabe que enfrenta o sistema, mas acho que a gente não dimensiona como isso pode afetar nossa vida, nossa família e que pode ganhar proporções muito maiores do que a gente pode imaginar”, disse, aos prantos, em vídeo publicado no Instagram.

A advogada, que está grávida com 39 semanas, afirmou que o ato foi um aviso para tentar frear seu trabalho em defesa das mulheres vítimas de violência doméstica.

“Eu não vou parar o que eu estou fazendo. Eu sei que meu trabalho é importante para outras mulheres e o que aconteceu não vai me amedrontar. De certa forma, se isso aconteceu é porque meu trabalho tem repercutido positivamente na vida das mulheres (…) Isso não vai ficar assim. Se fosse em outro momento da minha vida eu estaria abalada, mas não tão abalada quanto estou agora. Já é cruel demais um atentado contra uma mulher no exercício de sua profissão, ou qualquer mulher, mas uma mulher grávida de 39 semanas é muito desumano. É muito cruel. Mas eu ainda acredito na força do amor. O amor é revolucionário, eu sei a importância do meu trabalho e vou continuar fazendo”, garantiu Laura Cardoso.

A subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Pelotas emitiu uma nota oficial na qual afirma que o caso está sendo apurado. Mesmo assim, Laura contou que vai se mudar de Pelotas por conta da segurança.

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