A Venezuela deixou há anos de ser sinônimo de goleadas para se transformar em uma seleção promissora. A equipe colhe os frutos de um trabalho nacional para desenvolver as categorias de base e leva para a partida desta terça-feira, contra a seleção brasileira, em Salvador, parte de um elenco que foi responsável pelo feito histórico do vice-campeonato do Mundial Sub-20 em 2017.

Qualificar a seleção atual como a mais forte e promissora da história da Venezuela não é exagero. A seleção aparece no ranking da Fifa na 33ª posição, à frente de países mais tradicionais como Paraguai, Rússia e Coreia do Sul. Neste ano, a equipe conquistou resultados empolgantes, como os 3 a 1 sobre a Argentina, em março, e no começo deste mês os 3 a 0 sobre os Estados Unidos.

“A Venezuela cresceu muito recentemente. Para quem acompanha o futebol, a vitória dela sobre a Argentina neste ano não foi uma surpresa”, elogiou o técnico Tite. Dos 23 convocados pelo treinador Rafael Dudamel, somente dois atuam no próprio país. A estrela do time é o atacante Salomon Rondón, do Newcastle, da Inglaterra.

Apesar da crise social no país, o futebol viveu um período fértil nos últimos anos. Boa parte dos times receberam verbas públicas dos governos estaduais e deixaram de ter uma estrutura amadora. A federação de futebol obriga os clubes a escalarem jogadores sub-20, medida responsável por permitir que os garotos tenham mais experiência.

Cinco jogadores do elenco venezuelano vice-campeão mundial sub-20 em 2017 estão no grupo da Copa América, sendo que três deles devem ser titulares hoje contra o Brasil.