Segundo um estudo feito pela Fiocruz, os adultos infectados pela variante brasileira P.1. do coronavírus têm uma carga viral dez vezes maior do que adultos infectados por outras ‘versões’ do vírus. As informações são do G1.

Com uma carga viral mais alta, a variante se torna mais propensa a se espalhar mais rápido. A pesquisa ainda não foi revisada por outros cientistas nem publicada em revista, mas está disponível on-line.

“[Se] a pessoa tem mais carga viral nas vias aéreas superiores, a tendência é que ela vai estar expelindo mais vírus – e, se ela está expelindo mais vírus, a chance de uma pessoa se infectar próxima a ela é maior”, explica Felipe Naveca, pesquisador da Fiocruz Amazonas e líder do estudo.

Os pesquisadores analisaram 250 códigos genéticos do coronavírus durante quase um ano. A amostragem cobriu o primeiro pico da doença, em abril, e o segundo, no final do ano passado e início de 2021.

Felipe Naveca afirma, entretanto, que não há relação entre quantidade de vírus no corpo e gravidade da doença ou, até mesmo, presença deles.

“Carga viral não está relacionada com gravidade – a gente tem pacientes com alta carga viral e sintomas muito leves ou até sem sintomas”, diz o pesquisador.