ADR da Vale aprofunda perdas e cede quase 2% em NY, com dúvidas sobre EUA-China

Os American Depositary Receipts (ADR) da Vale caíram 1,94% no after hours da Bolsa de Nova York, estendendo as perdas da sessão regular, quando mergulhou 6,46%. Pesam no papel as tarifas adicionais impostas por Donald Trump aos produtos da China. “Agora é a nossa vez de tirar vantagem”, disse o presidente dos EUA há pouco sobre a guerra tarifária, reafirmando que elevou para 104% a alíquota contra os itens chineses após Pequim manter tarifa retaliatória de 34%.

Nesta primeira semana de abril, de forte aversão por tomada de risco nos mercados globais, as ações da Vale acumulam perda de mais de 17% na Nyse. Na bolsa brasileira, a desvalorização supera os 13%, levando o valor de mercado da mineradora a furar o piso dos R$ 224 bilhões, o menor desde abril de 2020, início da pandemia da covid-19.

No radar do investidor da Vale ainda estará o Supremo Tribunal Federal (STF), que pode julgar nesta quarta-feira, 9, seis recursos contra a decisão que homologou o acordo para reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG). O acordo foi homologado pela Corte em novembro e prevê o pagamento de R$ 170 bilhões pelas mineradoras Vale, BHP e Samarco, conforme mostrou o Broadcast.