ROMA, 2 AGO (ANSA) – O Comitê Nacional de Bioética (CNB), órgão ligado ao governo da Itália, emitiu um parecer em que afirma que a vontade do adolescente deve prevalecer quando o assunto é vacinação contra a Covid-19.   

Atualmente, quem tem mais de 12 anos pode receber doses do imunizante Pfizer/BioNTech ou Moderna para se proteger contra a doença.   

“O CNB considera que a vacinação dos adolescentes pode proteger a sua saúde e contribuir com a contenção da disseminação do vírus na ótica da saúde pública, em particular, em vista do retorno às aulas”, diz o comunicado oficial.   

Destacando que é preciso “ter formas de comunicação adaptadas à idade”, o Comitê ressalta que tantos os jovens como seus genitores devem receber informações importantes sobre a vacina e que é preciso “uma campanha de ações de sensibilização e de educação dos pais e dos professores, com iniciativas da escola”.   

“É importante escutar o adolescente e valorizar o direito de exprimir sua escolha, em relação a sua capacidade de discernimento. Se a vontade do menor de vacinar-se está em contraste com a dos genitores, o Comitê retém que o adolescente deve ser ouvido por um profissional médico com competências pediátricas e que a sua vontade deve prevalecer, no que tange ao melhor interesse de sua saúde psicofísica e de saúde pública”, acrescenta a nota.   

No entanto, no caso oposto, quando o adolescente não quer receber o imunizante, o CNB recomenda que ele seja informado sobre os benefícios de se proteger tanto no “interesse de sua saúde, da saúde de pessoas próximas e da saúde pública”. Caso ele se negue mesmo assim, “do ponto de vista da bioética, não se deve proceder à obrigação de vacinação no caso de falta de lei, mas ativar medidas para proteger a saúde pública”.   

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Conforme a última atualização do boletim de vacinação do Ministério da Saúde da Itália, ocorrida nesta madrugada, mais de 1,5 milhão de jovens entre 12 e 19 anos já receberam a primeira aplicação, o que representa 33% da população nessa faixa etária, e pouco mais de 791 mil completaram o ciclo de imunização.   

Ao todo, há cerca de 4,6 milhões de cidadãos com idades entre 12 e 19 anos. (ANSA).   


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