Adolescente que matou Miguel Uribe pega 7 anos de prisão

BOGOTÁ, 28 AGO (ANSA) – Um adolescente de 15 anos foi condenado na última quarta-feira (28) a sete anos de prisão pelo assassinato do senador e pré-candidato à presidência da Colômbia Miguel Uribe Turbay durante um comício em 7 de junho. O político, que tinha 39 anos e era membro do partido de direita Centro Democrático, foi atingido por dois tiros na cabeça e um na perna enquanto discursava em um comício em Bogotá.   

Ele precisou passar por diversas cirurgias e, em 1º de julho, sua irmã, María Carolina Hoyos, chegou a declarar que a evolução médica do senador era “milagrosa”. No entanto, no dia 11 de agosto, não resistiu e faleceu.   

Um juiz da Colômbia especializado em menores condenou o adolescente, cuja identidade não foi revelada, a cumprir sete anos de prisão em um centro de atendimento, informou o jornal “El Tiempo”.   

Segundo as autoridades locais, o menor disparou uma pistola Glock contra Uribe Turbay no bairro de El Golfito, e foi preso a duas quadras do local do atentado.   

Os investigadores determinaram que o adolescente foi contatado e convencido a realizar o ataque. Além disso, os promotores afirmam que ele entrou em um carro onde recebeu uma arma de um dos supostos mentores do crime.   

Desde então, o jovem criminoso está sob rigorosa vigilância no bunker da Procuradoria-Geral da República, aguardando transferência para uma unidade de reabilitação administrada pelo programa estadual Bem-Estar Familiar.   

A sentença leva em consideração a menoridade do menino e inclui planos específicos de reinserção social, também porque, durante a investigação, o jovem assassino colaborou com o Ministério Público, fornecendo informações úteis para a captura de outros seis supostos autores do assassinato, todos agora em julgamento.   

Entretanto, o advogado de defesa da família do senador, Victor Mosquera, garantiu que respeita, mas não compartilha, a pena imposta ao adolescente, que arruinou a vida de seus clientes.   

“Respeitamos a decisão, mas esta sanção não é comparável à vida sofrida ou à dor causada. Esta lei incentiva o crime de usar menores sem punição real e efetiva”, afirmou Mosquera. (ANSA).