Um jovem de 14 anos morreu e quatro pessoas ficaram feridas no ataque. Suspeito é cidadão sírio de 23 anos e está legal no país.Um homem de 23 anos esfaqueou cinco pessoas na cidade de Villach, no sul da Áustria, neste sábado (15/02), em um ataque que a polícia classificou como "aleatório". O incidente deixou cinco feridos. Um adolescente de 14 anos morreu.
Um entregador de comida que estava no local viu o incidente e avançou com seu veículo em direção ao suspeito, que ficou levemente ferido ao ser detido logo após o ataque.
O suspeito é um solicitante de asilo sírio. Ele possui permissão de residência válida na Áustria e não tem antecedentes criminais.
O porta-voz da polícia, Rainer Dionisio, disse que o motivo do ataque ainda não é conhecido. Ele acrescentou que as autoridades investigam o histórico pessoal do agressor. "Precisamos esperar até obtermos informações seguras", afirmou.
Dionisio disse que ainda não está claro se o suspeito agiu sozinho e continua procurando possíveis cúmplices. Também não se sabe se há alguma ligação entre o agressor e as vítimas. O Escritório da Caríntia para Segurança do Estado e Combate ao Extremismo conduz as investigações ao lado da polícia criminal.
Políticos criticam política de asilo
Peter Kaiser, governador do estado da Caríntia, disse que a "essa atrocidade deve ser enfrentada com consequências severas".
"Sempre deixei claro e de forma inequívoca: aqueles que vivem na Caríntia, na Áustria, devem respeitar a lei e se adaptar às nossas regras e valores."
Erwin Angerer, deputado da sigla de ultradireita Partido da Liberdade (FPÖ), criticou a "desastrosa política de asilo" do país.
O Ministro do Interior da Áustria, Gerhard Karner, irá a Villach na manhã de domingo.
De acordo com o Ministério do Interior da Áustria, 24.941 estrangeiros solicitaram asilo no país em 2024. O maior grupo de solicitantes vem da Síria, seguido pelo Afeganistão.
Vários países europeus, incluindo a Áustria, suspenderam as decisões sobre pedidos de asilo de cidadãos sírios devido à situação política incerta no país após a queda de Bashar al-Assad.
gq (AFP, DPA, AP)