Por Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) – A trading e processadora de produtos agrícolas Archer Daniels Midland fechou acordo com a companhia de energia renovável Casa dos Ventos para comprar energia eólica que abastecerá sete de suas unidades no Brasil, conforme comunicado obtido pela Reuters nesta sexta-feira.

Além de o acordo colaborar para reduzir as emissões, também permitirá uma economia em torno de 18 milhões de dólares para a ADM em 15 anos, período inicial de duração do contrato. Valores da transação entre as empresas não foram divulgados.

O contrato, o primeiro de compra de energia eólica pela ADM, contará com a geração do complexo Babilônia Sul, localizado em Morro do Chapéu e Várzea Nova, na Bahia, e vai proporcionar uma redução anual de emissão de 19 mil toneladas métricas de CO2, contribuindo para combater as mudanças climáticas.

“Esse é um passo importante para avançarmos no consumo de energia limpa com projetos de autogeração e reforça a sustentabilidade em posição de destaque na estratégia do negócio da companhia”, disse o presidente da ADM para América Latina, Domingo Lastra.

Entre as unidades que serão atendidas pela energia renovável estão a de Campo Grande (MS), Rondonópolis (MT), Santos (SP), Joaçaba (SC), Porto Franco (MA), Três Corações e Uberlândia (ambas em MG).

Lastra lembrou que a empresa já usa energia renovável em outras unidades, como é o caso das plantas de Campo Grande, Rondonópolis, Joaçaba e Villeta, onde a ADM faz plantio de árvores para abastecer a queima da caldeira a partir de cavacos de eucalipto 100% reflorestado.

A utilização de energia renovável contribui para que a ADM alcance as metas ambientais previstas no programa interno Strive 35. Pelo plano, a empresa quer reduzir as emissões absolutas de gases de efeito estufa em 25% até 2035.

“Estamos conscientes de nossa pegada de carbono em nossas operações e na cadeia de suprimentos. Temos uma política de sustentabilidade que estabelece um conjunto de metas ambientais, o qual é revisado ano a ano e unimos todos os esforços para cumpri-las”, acrescentou o líder de sustentabilidade ADM Latam, Diego Di Martino.

No início desta semana, o CEO da ADM, Juan Luciano, assinou uma declaração ao lado de outras gigantes do agronegócio, na qual se compromete a desenvolver, até a próxima conferência climática, em 2022, um roteiro de ações para conter o aquecimento global em 1,5% acima dos níveis pré-industriais.

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