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Adélio Bispo, o homem responsável por desferir uma facada no ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), está em processo de análise psiquiátrica para definir uma possível liberdade. Adélio está preso desde 2018, quando praticou o crime durante um evento de campanha política do então candidato à Presidência.
Os laudos do exame estão sendo feitos por um perito oficial que visitou Adélio no Presídio Federal de Campo Grande para verificar suas condições mentais. Atualmente, ele não pode ser considerado condenado por crime algum por ser inimputável e está recluso na penitenciária.
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Os peritos que estão conduzindo toda a ação buscam utilizar alguns trechos do laudo que estabeleceu a inimputabilidade de Adélio. Segundo o Metrópoles, os documentos originais produzidos pelos especialistas da época não foram digitalizados no intuito de evitar riscos de possível vazamento.
O laudo não possui prazo para ser concluído, por conta de questões processuais e, apesar da inimputabilidade com base nos laudos médicos, esses documentos não estão disponíveis para serem consultados.
Para definir se Bispo terá ou não o direito de deixar o presídio federal, os peritos foram orientados a responder algumas questões:
- O periciando ainda é portador de patologia ou transtorno mental que justifique a manutenção da medida de segurança inicialmente imposta? Qual?
- Atualmente, o periciando apresenta condição psíquica que represente risco para si ou para terceiros? Emita um parecer técnico acerca da cessação ou persistência da periculosidade do internado.
- Em caso positivo, e com base em prognóstico médico e análise de casos semelhantes, em quanto tempo ele deverá ser reexaminado para verificar eventual cessação da periculosidade?
A situação clínica de Adélio é considerada estável, porém os agentes do sistema prisional, relatam que a saúde mental dele vem se degradando ao longo do encarceramento, ao nível de não ter o conhecimento dos acontecimentos políticos que vem acontecendo, por exemplo, a condenação de Jair Bolsonaro.
A avaliação dessas autoridades é de que a saída de Bispo é remota. O entendimento é que os magistrados responsáveis pelo caso priorizam a preservação da ordem pública. Sua permanência garantida no sistema prisional é de até 2038, assim que completará 60 anos. Atualmente, ele ocupa uma cela de cerca de seis metros quadrados.