Os EUA têm tradição, pouco honrosa, de ver seus governantes, sejam eles ocupantes da Casa Branca ou governadores de estados, envolvidos periodicamente em casos de assédio sexual. Na semana passada, Andrew Cuomo, governador democrata de Nova York, foi acusado formalmente pela procuradoria estadual de ter assediado, pelo menos, onze mulheres — entre elas, há uma policial que trabalha em sua equipe de segurança pessoal. Coordenou a investigação uma mulher de alto prestígio entre os norte-americanos e tida como imparcial: Letitia James, que exerce a função de procuradora-geral. O presidente dos EUA, Joe Biden, declarou-se a favor da renúncia do governador. O mesmo posicionamento foi tomado pelo líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer (que representa o estado de Nova York) e pela presidente da Câmara, Nancy Pelosi. As acusações começaram a surgir no início desse ano, e nessa época os principais nomes do Partido Democrata foram cautelosos na reação. Na quarta-feira 4, no entanto, a ação da procuradoria os levou a manifestações públicas. Carl Heastie, que também integra a legenda de Cuomo e preside a Assembleia Legislativa de Nova York, foi mais longe: afirmou que seu próximo passo, provavelmente, será o de requisitar a abertura de um processo de impeachment contra o governador.

Andrew Cuomo, segundo Andrew Cuomo

“Tenho a tendência de beijar as pessoas no rosto, e procuro com esse gesto transmitir calor”

“Beijo no rosto: preto, branco, jovem, velho, heterossexual, LGBTQIA+, pessoas poderosas, pessoas simples e até estranhos”

O recuo de Joe Biden

A LEI DE BIDEN QUE ERA DE TRUMP Fila de imigrantes ilegais em posto de saúde nos EUA: expulsão sumária daqueles que não estiverem dentro dos critérios do Centro de Prevenção e Controle de Doenças (Crédito:Ed JONES / AFP)

A vertiginosa escalada do número de prisões que estão sendo realizadas pelos EUA em sua fronteira com o México obrigou o presidente democrata Joe Biden a dar um passo atrás: anunciou que pretende manter, contrariando a maioria dos parlamentares de sua legenda, uma lei firmada pelo antecessor Donald Trump. Tal lei é drástica: permite a expulsão sumária de imigrantes ilegais com quadros de saúde não aprovados pelos critérios do Centro de Prevenção e Controle de Doenças.

Personagem
Cientista brasileira é homenageada em nova série de bonecas Barbie

O BOM BRASIL Jaqueline e a Barbie que a homenageia: sequenciamento em tempo recorde do genoma do coronavírus (Crédito:Divulgação)

A empresa de brinquedos Mattel está colocando no mercado seis novos modelos de bonecas Barbie. Elas representam e homenageiam mulheres cientistas que dedicaram-se às pesquisas sobre coronavírus com o objetivo de combater a pandemia. Dentre as bonecas, uma refere-se à biomédica baiana Jaqueline Góes de Jesus. Ela integrou a equipe que, em quarenta e oito horas, fez o primeiro sequenciamento genômico do coronavírus no Brasil. A coleção chama-se “Heroínas”. Ao final do ano passado, Jaqueline e sua equipe foram homenageadas na edição Brasileiros do Ano, de ISTOÉ, uma das publicações da Editora Três.

Sociedade
Mais inteligente que os espertalhões

Estelionatários hackearam o celular do ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia. Utilizando a conta de Maia no Telegram, os espertalhões pediram ao deputado Luís Miranda R$ 20 mil. Ele percebeu o golpe e inventou que o banco cobrava a taxa de R$ 50 para transferir o dinheiro. Passaram os R$ 50 para Miranda. Aí Miranda enviou-lhes um áudio: “bandido, comigo não”.

Doação
Leva meu rim para o teu marido

SANGUE BOM Tia e Susan: donas de uma história inédita (Crédito: Children's Healthcare of Atlanta /YOUTUBE)

Aconteceu em Atlanta, nos EUA. E é tanta coincidência que talvez não mais aconteça em nenhum lugar do mundo. Duas mulheres casadas, chamadas Tia Wimbush e Susan Ellis, são colegas de trabalho em uma ONG e comentaram, uma com a outra, que seus respectivos maridos estavam precisando de transplante de rim. O marido de Susan vivia à espera de um doador de sangue tipo O Negativo. Primeiro lance da sorte: Tia é geneticamente compatível com essa especificidade sanguínea. Já o marido de Tia aguardava por um doador tipo A. Segundo lance da sorte: Suzan é A. Os transplantes foram feitos. Realizados em março, a revelação das cirurgias ocorreu na semana passada. “Nós tivemos fé ao fazer isso e, agora, estamos unidos para sempre. Torcendo uns pelos outros no processo de recuperação e nessa segunda chance de vida”, diz Tia.