Maruzia das Graças Brum Rodrigues, de 53 anos, acusada de maus-tratos, lesão corporal e cárcere privado cometidos contra o próprio companheiro, um servidor aposentado do Banco Central, gastava o salário da vítima com vários empréstimos, com pagamentos que iriam até o ano de 2030.

Ao conseguir a curatela do padrasto na Justiça, Mayana Brum, uma das filhas de Maruzia, fez um pente-fino nas contas dele. O levantamento, feito com base nos vencimentos recebidos, mostrou que o salário da vítima, no Banco Central, era de R$ 27.369,67. A maior parte desse dinheiro, contudo, está comprometida com uma série de empréstimos.

“Não fazemos ideia do que Maruzia fez com todo esse dinheiro conseguido por meio de empréstimos. Para se ter noção, como os cartões de crédito dela também estão em débito automático, a aposentadoria do meu padrasto fica em torno de R$ 5 mil”, disse Mayana, em entrevista ao Metrópoles.

Os vencimentos do homem também serviam para pagar uma “pensão alimentícia” à Mariuza no valor de R$ 11,9 mil, mesmo quando o casal ainda morava junto. Para a curadora da vítima, esse pagamento é irregular e, por isso, ela e os irmãos vão entrar na Justiça para que ele seja revisto e, se possível, suspenso.