Uma publicação no Twitter do capitão da Nicarágua, Juan Barrera, colocou em xeque o sistema de votação do “The Best”, prêmio da Fifa para o melhor jogador do mundo, entregue na última segunda-feira, em Milão. O atleta alegou não ter participado em nenhum momento do processo que teve Messi como vencedor pela sexta vez.

Procurada pelo Estado para se posicionar sobre o assunto, a entidade divulgou documento que comprova o voto do nicaraguense no argentino na primeira posição, seguido de Sadio Mané e Cristiano Ronaldo, para os melhores da temporada 2019/2020 do futebol mundial. A Fifa solicitou investigação do caso à Federação Nicaraguense de Futebol.

O formulário de votação, datado de 19 de agosto de 2019, apresenta assinatura de Juan Barrera e carimbo da Federação Nicaraguense de Futebol. Nele estão presentes as três escolhas do capitão dentre os dez finalistas do prêmio de melhor jogador do mundo. Na votação dos melhores treinadores, o meia optou por Jürgen Klopp (Liverpool), Marcelo Gallardo (River Plate) e Pep Guardiola (Manchester City).

A acusação de fraude aconteceu na última terça-feira, um dia após a Fifa divulgar a planilha oficial com os votos de todos os capitães, treinadores e jornalistas que fazem parte do colégio eleitoral do “The Best”. Cada voto como melhor do mundo conta cinco pontos; em segundo melhor, três; e em terceiro, um. Messi foi o vencedor ao somar 46 pontos, oito a mais do que Virgil Van Dijk e dez à frente de Cristiano Ronaldo. Vale lembrar que a votação popular no site da Fifa também é levada em conta.

Nesta quarta-feira, Juan Barrera reforçou a acusação em nota no site oficial do Real Estelí, clube nicaraguense no qual atua. Segundo o comunicado, o jogador demonstrou preocupação por ter seu nome ligado a “um fato no qual não teve nenhuma participação”. Em entrevista ao jornal La Prensa, ele disse ainda que votou em Messi, mas na eleição do ano passado, quando o argentino foi superado pelo croata Modric.