São Paulo, 18 – Os preços do açúcar negociados na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) estão sendo pressionados pela perspectiva de superávit para as safras 2020/21 e 2021/22, observa o banco alemão Commerzbank. O recuo do adoçante segue também o enfraquecimento dos mercados agrícolas, de milho e soja, que caíram quase 7% cada, nos últimos dias.

Em relação à oferta, no início desta semana, a trading Czarnikow previa um superávit de 2,7 milhões de toneladas no mercado de açúcar na safra 2020/21. Isso deve ser seguido por outro superávit de 1,5 milhão de toneladas em 2021/22, aponta a analista de commodities agrícolas do banco, Michaela Kühl, em comentário diário enviado a clientes.

O principal motivo para a estimativa é a alta produção esperada na Índia, que pode até se estender em relação à temporada atual. “A monção lá é abundante mais uma vez este ano e chegou mais cedo, o que deve trazer condições de cultivo favoráveis para a cana-de-açúcar da próxima temporada. Por outro lado, não há consenso sobre o equilíbrio do mercado global”, explica a analista.