O varejo restrito deve apresentar queda de 3,6% no total de vendas nos 12 meses encerrados em setembro deste ano. A projeção é da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e, mesmo sendo negativa, evidencia o processo de recuperação do segmento varejista que não considera o comércio de automóveis e material de construção.

Segundo dados compilados pela ACSP, o comércio vem apresentando resultados em 12 meses negativos desde maio de 2015. Em 2016, fechou com um recuo de 6,2%. Nos 12 meses encerrados em setembro do ano passado, o recuo foi de 6,6%. “Caso se confirme, portanto, a projeção da ACSP representará uma recuperação de três pontos porcentuais no intervalo de um ano”, escreve a assessoria da associação em nota à imprensa.

Segundo o presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Alencar Burti, a perspectiva é de uma recuperação lenta do varejo nos próximos meses, mas ainda no campo negativo. “O aumento do desemprego, a queda na renda do trabalhador e a escassez de crédito dificultam uma retomada mais rápida”, afirma Burti em nota. Para ele, 2018 será o “verdadeiro ano da retomada do setor”, que voltará a apresentar crescimento.

A projeção da ACSP foi elaborada pelo Instituto de Economia da associação com base em dados do IBGE e do Índice Nacional de Confiança (INC), pesquisa mensal da Associação Comercial de São Paulo.

O segmento estudado abrange oito atividades: combustíveis e lubrificantes; hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; tecidos, vestuário e calçados; móveis e eletrodomésticos; artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria; livros, jornais, revistas e papelaria; equipamentos e materiais de escritório, informática e comunicação; outros artigos de uso pessoal e doméstico.