A Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) manifestaram, por meio de nota, sua posição contrária à adoção de novas medidas restritivas à atividade comercial, determinadas pelo Governo do Estado. As entidades dizem que o governo não oferece qualquer apoio que possa contribuir para amenizar as dificuldades de empresários e trabalhadores. “Pelo contrário, o poder público estadual aumentou o ICMS para um grande número de produtos, fato que torna mais difícil a recuperação futura da atividade econômica e ainda afeta a economia de forma generalizada”, afirma em nota.

“A Facesp e a ACSP esperam que o governo reveja sua decisão, tendo em vista a possibilidade de colapso da economia e de agravamento da situação da população mais pobre, com o risco de consequências sociais muito sérias”, concluem as entidades.

Elas consideram que a recente evolução da pandemia é motivo de preocupação, mas que novas medidas para reduzir seu impacto devem levar em conta que o comércio não pode ser responsabilizado por essa situação.

“O fechamento do comércio durante os dias pós Natal e pós Ano Novo mostraram que a medida em nada contribuiu para o objetivo visado, mas teve um impacto negativo muito significativo para as empresas atingidas, que já vinham fragilizadas pelo longo período de isolamento anterior. Impor novas restrições poderá implicar no fechamento definitivo de muitas empresas, com o consequente desemprego”, diz o comunicado.

Segundo a ACSP, no caso da capital paulista, essas medidas se tornam ainda mais negativas porque as empresas fizeram fortes investimentos para promover a Sampa Week, evento de descontos destinado a movimentar o setor.

“As empresas prepararam suas promoções, fizeram estoques, gastaram em publicidade e, de forma inesperada, foram atingidas por restrições que vão dificultar muito as vendas esperadas pelos empresários. A insegurança que a adoção de medidas, sem qualquer debate, aumenta a incerteza dos empresários e da população e tem efeito altamente negativo sobre as expectativas e as decisões econômicas”, afirma a associação.

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