O Citi ainda não abriu o data room das suas operações de varejo no Brasil, Argentina e Colômbia para interessados, de acordo com Hélio Magalhães, presidente do Citi no Brasil. “Não abrimos o data room. Estamos no processo que é longo e exige muita preparação. É complexo por natureza”, afirmou ele, a jornalistas. Magalhães não revelou o cronograma do processo de venda das operações de varejo do Citi, mas disse que um acordo de venda deve ser concluído neste ano. “Acreditamos que em 2016 devemos ter uma decisão, um acordo entre nós e um comprador”, afirmou. Segundo ele, não é possível afirmar que a operação será concluída este ano visto que depende de aprovações dos reguladores. Questionado sobre a demora na aprovação por parte dos reguladores para a venda do HSBC para o Bradesco, ele disse que se tratam de transações diferentes. “O HSBC era o banco todo. No nosso caso é só o banco de pessoa física. O HSBC tinha uma rede grande de agências, principalmente na região Sul do Brasil. Nós temos uma rede só nas grandes cidades. Provavelmente, deve ser um caso diferente à luz do regulador”, explicou o presidente do Citi no Brasil, acrescentando que o banco não vai abrir o tamanho da operação que será colocada à venda. Na semana passada, o vice-presidente do Itaú Unibanco para a América Latina, Ricardo Marino, afirmou, a jornalistas, que o banco considera avaliar os ativos do Citi na América Latina. Antes dele, o Santander também declarou que tem interesse na operação de Consumer Bank do Citi. Ambos são considerados os fortes candidatos a ficarem com os ativos, sendo o espanhol um competidor de peso, visto que perdeu a disputa no ano passado pelo HSBC para o Bradesco, que, conforme fontes, não tem apetite, visto que ainda nem começou o processo de integração. Do lado dos bancos públicos, a restrição de capital, explicam fontes, deve deixá-los fora das negociações pelo Citi. Executivos do mercado não descartam ainda a aparição de players menores na disputa pelo banco americano. Com uma rede de 71 agências no Brasil, o banco teve lucro líquido de R$ 894,224 milhões no ano passado, montante 617,2% maior que o visto em 2014. O Citi encerrou 2015 com cerca de R$ 76 bilhões em ativos totais e patrimônio líquido de R$ 7,7 bilhões. Na Argentina, possui 70 agências e 55 na Colômbia.