O acordo assinado por Ruanda e a República Democrática do Congo para pôr fim ao conflito no leste da RDC “abre caminho para uma era de estabilidade”, declarou o presidente congolês, Félix Tshisekedi, nesta segunda-feira (30).
Maior produtora mundial de cobalto, a RDC abriga reservas significativas de coltan, um mineral estratégico para a indústria eletrônica, no leste do país, uma área mergulhada em conflitos há trinta anos.
Nos últimos meses, a violência se intensificou nesta região fronteiriça com Ruanda, quando o grupo armado M23, apoiado pelo exército ruandês, tomou as cidades de Goma e Bukavu.
Na sexta-feira, após várias tentativas frustradas, a ministra das Relações Exteriores congolesa, Thérèse Wagner, e seu homólogo ruandês, Olivier Nduhungirehe, assinaram um acordo de paz patrocinado pelos Estados Unidos em uma cerimônia em Washington.
O pacto “abre caminho para uma nova era de estabilidade, cooperação e prosperidade para nossa nação”, disse Félix Tshisekedi em um vídeo divulgado nesta segunda-feira, marcando o 65º aniversário da independência do país, uma ex-colônia da Bélgica.
Este acordo “histórico”, segundo Tshisekedi, marcará “um ponto de virada decisivo” para o fim do conflito.
“Não é apenas um documento, é uma promessa de paz para o povo” do leste da República Democrática do Congo, acrescentou o presidente.
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