WASHINGTON, 10 NOV (ANSA) – Republicanos e democratas chegaram a um acordo para financiar o governo do presidente Donald Trump até 30 de janeiro e encerrar o “shutdown” que vem paralisando atividades federais há 41 dias, o mais longo da história dos Estados Unidos.
O Senado americano aprovou um procedimento regimental, por placar de 60 votos a 40, que concede no máximo 30 horas para os parlamentares debaterem o pacote de gastos antes da votação final, que será realizada por maioria simples.
Em seguida, o texto será encaminhado para a Câmara dos Representantes, que é controlada pelos republicanos, antes de chegar à mesa de Trump para sanção.
“Estamos nos aproximando do fim do shutdown”, disse o presidente. O governo e parte da oposição decidiram retirar das negociações neste momento a extensão dos subsídios do Obamacare para seguros-saúde, que expiram no fim do ano, e se comprometeram a retomar esse tema em dezembro.
Democratas pressionam pela manutenção dos créditos fiscais, mas enfrentam a resistência dos republicanos, que, no entanto, estão pressionados pela possibilidade de perder o controle do Congresso nas eleições de meio de mandato de novembro de 2026.
Por outro lado, a oposição conseguiu emplacar a readmissão dos servidores federais demitidos em função do shutdown e o pagamento retroativo dos salários dos funcionários colocados em licença obrigatória. A medida também impede novas demissões em massa até 30 de janeiro.
O projeto “protegerá os funcionários federais de demissões injustificadas, reintegrará aqueles que foram demitidos injustamente durante a paralisação e garantirá que os funcionários federais recebam o pagamento retroativo”, conforme exigido por lei, disse o senador Tim Kaine, um dos oito democratas que votaram com os republicanos.
Kaine representa o estado da Virgínia, que abriga cerca de 300 mil servidores federais. (ANSA).