O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), votou na manhã deste domingo, 27, em uma escola na Zona Sul da capital. Ele chegou ao colégio por volta das 10h.

Aos jornalistas, afirmou estar otimista com a campanha e disse não ter achado o segundo turno mais fácil que o primeiro. Internamente, aliados de Nunes já haviam antecipado uma vitória nas primeiras pesquisas e classificaram a disputa como “tranquila” para o emedebista.

 

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“Não tem eleição fácil. Todas são difíceis. Sempre tivemos um posicionamento de tranquilidade e humildade, com muito respeito aos eleitores e ao adversário”, afirmou.

Nunes se manteve à frente nas pesquisas de intenção de voto em relação ao seu adversário, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL). O atual prefeito, de acordo com o Datafolha, tem 57% das intenções de votos válidos, contra 43% do psolista.

Antes do voto, um grupo de apoiadores de Nunes se concentrou em frente ao colégio com bandeiras do candidato. A Polícia Militar informou que parte dos correligionários pediu votos ao atual prefeito, caracterizando boca de urna.

Nunes negou que os acusados façam parte de sua campanha e disse ter orientado apoiadores a evitar manifestações maiores.

“Não sabia. Não pode pedir voto nas proximidades da escola. Orientei todo mundo a não jogar santinho. Se teve alguém que fez isso, a gente lamenta”, disse.

“Está correto. A gente precisa atender à legislação. Agora, as pessoas virem cumprimentar acontece em todas as eleições, com todos os candidatos e de todos os partidos”, concluiu, ao ser questionado sobre a nota do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Mesmo com a larga vantagem, Ricardo Nunes perdeu metade da diferença de pontos percentuais em relação a Boulos nos últimos levantamentos. Questionado sobre o impacto do apagão, Nunes minimizou e disse que a crise deverá afetar apenas o deputado.

Ele ainda citou a filha de Boulos ao ironizar a participação do psolista em uma live com Pablo Marçal (PRTB). Para Nunes, o deputado não ganhou votos, já que o próprio coach afirmou que não votará no psolista.

“Eu fico imaginando como ele vai olhar para a filha dele, dizendo que ela havia chorado porque o Pablo o chamou de usuário de drogas e fez um laudo falso contra ele. E aí vai lá e está junto.”

“Fica essa mensagem. Precisamos, em qualquer situação, seja na vitória ou na derrota, estar de pé e não de joelhos”, alfinetou.

Nunes estava acompanhado da esposa, Regina Nunes e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ele também estava acompanhado de Tomaz Covas, filho do ex-prefeito Bruno Covas (PSDB).

O emedebista deve seguir o mesmo roteiro do primeiro turno e acompanhar os votos de aliados. Após votar, Nunes seguirá para acompanhar o voto de Tarcísio e de Tomaz Covas. À tarde, ele acompanhará o voto do vice, Ricardo Mello Araújo, e seguirá para a apuração em um clube na Zona Sul de São Paulo.