As ações da Adidas caíram, nesta segunda-feira (17), depois que a fabricante de equipamentos esportivos alemã anunciou uma “investigação aprofundada” sobre um caso de suposta corrupção na China envolvendo seus funcionários.

O grupo de Herzogenaurach, mal recuperado da turbulência após a sua brutal separação do rapper americano Ye por suas declarações antissemitas, enfrenta agora um caso comprometedor na China, onde as suas vendas voltaram a disparar no ano passado após a queda relacionada com a pandemia de covid-19.

Em 7 de junho, a Adidas disse ter recebido “uma carta anônima indicando possíveis violações de conformidade na China”, disse um porta-voz à AFP.

A Adidas está “investigando exaustivamente este caso em colaboração com consultores jurídicos externos”, sem fornecer mais detalhes.

A marca de três listras leva muito a sério “as acusações de possíveis violações de conformidade” e pretende ser irrepreensível “em todos os mercados em que opera”, segundo o seu porta-voz.

As ações do grupo caíram nesta segunda mais de 4% no índice Dax da Bolsa de Frankfurt, antes de recuperar terreno até o final do pregão, que fechou com uma queda de 2,4%.

A carta é atribuída a “funcionários da Adidas na China”, que acusam especificamente vários empregados chineses.

Um funcionário da Adidas China é acusado de receber “milhões em dinheiro de fornecedores, assim como imóveis”.

A Adidas, que entrou na China em 1997, tem hoje 14 fábricas e realizou 15% das suas vendas globais em 2023, ou seja, 3,2 bilhões de euros (18,3 bilhões de reais na cotação atual) com um crescimento de 8% em um ano.

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