De Interlagos ao The Town, o aço reciclável da Gerdau une inovação e sustentabilidade

Companhia mostra que inovação e sustentabilidade também se encontram em shows e no esporte

Leo Monteiro/IstoÉ
Pedro Torres, Diretor Global de Comunicação, Marca e Relações Institucionais da Gerdau Foto: Leo Monteiro/IstoÉ

Nem sempre o público que vibra diante de um show no The Town ou acompanha o ronco dos motores do Grande Prêmio de Fórmula 1, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, percebe o que sustenta essas experiências. Por trás das estruturas monumentais que marcam os grandes eventos do país está um material que se tornou o protagonista da sustentabilidade: o aço 100% reciclável da Gerdau.

Com 124 anos de história, a companhia reposicionou sua marca ao transformar um produto tradicional da indústria pesada em um símbolo de economia circular e da inovação. “Reciclar é economia circular na veia”, resume Pedro Torres, Diretor Global de Comunicação, Marca e Relações Institucionais da Gerdau em entrevista a IstoÉ.

Maior recicladora de sucata metálica da América Latina, a Gerdau transforma todos os anos cerca de 10 milhões de toneladas de material descartado em novos produtos. O resultado é um ciclo produtivo sustentável. “Hoje, mais de 70% do aço fabricado pela companhia vem de sucata metálica reciclada, e sua emissão média de gases de efeito estufa, de 0,85 tonelada de CO₂e por tonelada de aço, é menos da metade da média global do setor. O compromisso, até 2031, é chegar a 0,82 tonelada de CO₂e por tonelada de aço”, afirma o executivo.

Essa estratégia, porém, não se resume à indústria. A Gerdau entendeu que para falar de sustentabilidade era preciso ocupar novos espaços, em contextos de alta visibilidade. Foi assim que o aço da companhia passou a integrar o cenário de grandes eventos culturais e esportivos, aproximando o público de um tema que antes parecia restrito a relatórios técnicos. “Esses eventos funcionam como grandes caixas de ressonância das mensagens centrais da Gerdau”, explica Torres. “Eles ajudam a humanizar a narrativa da produção de aço reciclado e a conectar emocionalmente as pessoas com o que representamos”.

O resultado dessa aproximação é visível e concreto. No festival de música The Town 2025, o aço Gerdau voltou a compor a infraestrutura do Autódromo de Interlagos, com a reutilização de mais de 330 toneladas de material 100% reciclável. O aço ergueu as torres de som do palco principal e se transformou em escultura: uma guitarra de seis metros de altura feita com duas toneladas de sucata metálica, criada pelo artista Leandro Melo.

A parceria com o Grande Prêmio de São Paulo de Fórmula 1, da qual a Gerdau é o aço oficial pelo terceiro ano consecutivo, também simboliza essa nova fase. O material da empresa está presente em estruturas como na plataforma do grid de largada, no sistema fixo de estruturas em aço para a transmissão audiovisual da prova, abrangendo todo o circuito, bem como nos mastros onde estão hasteadas as bandeiras do Brasil, do estado de São Paulo e da cidade de São Paulo. Melhorias que permanecerão como legado para a cidade.

Por trás dessa expansão simbólica está um reposicionamento de marca que alia tradição industrial e visão de futuro. “A Gerdau é uma companhia de um setor considerado tradicional, mas nosso desafio é modernizar o posicionamento e torná-la mais aberta e transparente. O sucesso da empresa depende também da reputação que ela constrói com a sociedade”, reforça o executivo.

Com operações em diversos países e 30 mil colaboradores, a Gerdau exporta não apenas aço, mas uma cultura empresarial que aposta na inovação e na responsabilidade social como motores de crescimento. “Não existe empresa de sucesso que tenha como vizinhos uma sociedade fracassada. O futuro próspero precisa ser um valor compartilhado. Queremos ser parte das soluções que constroem esse futuro”, conclui Torres.30