‘Acidente grave’ marca lançamento de contratorpedeiro na Coreia do Norte

KCNA VIA KNS/AFP
Kim Jong Un Foto: KCNA VIA KNS/AFP

Um acidente foi registrado durante a cerimônia de lançamento de um navio de guerra da Coreia do Norte, informou a imprensa estatal do país asiático nesta quinta-feira (22, data local), e seu líder Kim Jong Un falou que se tratou de “ato criminoso”.

Na cerimônia ocorrida na quarta-feira para apresentar a nova embarcação de 5.000 toneladas “ocorreu um acidente grave” devido a “um comando inexperiente e negligência operacional”, reportou a agência de notícias oficial, KCNA.

Kim presenciou o incidente na cidade portuária de Chongjin, no leste, e o descreveu como “um ato criminoso causado por absoluta negligência”.

Os “erros irresponsáveis” dos oficiais no comando “serão abordados na reunião plenária do Comitê Central do Partido no próximo mês”, acrescentou.

Segundo a KCNA, um erro durante o lançamento do contratorpedeiro deixou “algumas seções do casco do navio esmagadas”. Isso “atrapalhou o equilíbrio” da embarcação.

O hermético país comunista, sujeito a sanções da ONU por seu programa armamentista e nuclear, já havia apresentado outro contratorpedeiro de 5.000 toneladas no mês passado.

Naquela ocasião, a mídia estatal divulgou imagens da cerimônia com Kim e sua filha Ju Ae, considerada por muitos especialistas como sua provável sucessora.

A Coreia do Norte assegurou que o navio estava equipado com “as armas mais poderosas” e estaria pronto “para entrar em ação no início do próximo ano”.

Alguns analistas indicaram que o barco pode estar equipado com mísseis nucleares táticos de curto alcance, embora Pyongyang ainda não tenha demonstrado sua capacidade de miniaturizar suas ogivas.

Segundo o Exército da Coreia do Sul, esse contratorpedeiro pode ter sido desenvolvido com ajuda da Rússia, em troca do envio de milhares de soldados norte-coreanos para a guerra contra a Ucrânia.

Nos últimos anos, Kim tem defendido a modernização das forças armadas da Coreia do Norte, incluindo sua frota naval.

Em março, ele visitou as instalações onde, presumivelmente, está sendo construído um submarino movido a energia nuclear que, nas suas palavras, impulsionará “radicalmente” sua Marinha de guerra.

Antes disso, Pyongyang também assegurou que estava desenvolvendo drones submarinos com capacidade nuclear, capazes de provocar “um tsunami radiativo”, mas os analistas duvidam que o regime realmente disponha de uma arma desse tipo.