As autoridades mexicanas afirmaram que das 16 pessoas que morreram em um acidente de ônibus na terça-feira (22), 15 são mexicanas e uma é venezuelana, enquanto muitos dos 36 feridos ainda recebem atendimento nesta quarta-feira (23) em hospitais do estado central de Puebla.

“A atenção tem sido o mais humana possível, a autoridade de migração está em coordenação conosco”, disse o secretário do Governo de Puebla, Javier Aquino, a repórteres, acrescentando que alguns dos feridos têm “complicações graves”.

O Instituto Nacional de Migrações (INM) confirmou que 52 pessoas viajavam no ônibus, que colidiu com um caminhão de carga na madrugada de terça-feira em uma rodovia do estado de Oaxaca, no sul do país, e que 10 delas eram venezuelanas.

A Secretaria de Governo de Puebla informou inicialmente que os passageiros do veículo eram “em sua maioria” de origem venezuelana, segundo uma mensagem publicada em sua conta na rede social X (antigo Twitter).

O INM explicou que os nove venezuelanos sobreviventes foram examinados por médicos que deram alta a seis deles, enquanto os outros três foram internados, segundo comunicado divulgado na tarde de terça-feira.

Acrescentou que “os estrangeiros que viajavam no ônibus tinham uma consulta pelo programa CBP One”, um aplicativo móvel implementado pelo governo dos Estados Unidos para ajudar os migrantes que desejam entrar legalmente no país.

Inúmeros migrantes de diversas nacionalidades percorrem as estradas do México em busca de chegar à fronteira com os EUA para pedir refúgio ou tentar cruzar, geralmente de forma irregular.

A maioria viaja de forma clandestina, escondida em caminhões de carga, em condições de superlotação e submetida a maus-tratos por parte dos “polleros”, como são conhecidos os traficantes de pessoas.

No início de agosto, ao menos 18 pessoas morreram e outras 23 ficaram feridas depois que um ônibus com passageiros locais e migrantes de países como Índia, República Dominicana e do continente africano, caiu em um barranco no estado de Nayarit (noroeste).

Em fevereiro, outro confronto na mesma zona fronteiriça entre Puebla e Oaxaca deixou 17 mortos e 15 feridos, incluindo migrantes da Venezuela, Colômbia e América Central.

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