O ator Dalton Vigh foi o convidado da live da ISTOÉ, na noite da última quarta-feira (28). Na conversa com o jornalista Rafael Ferreira, ele falou sobre o início da carreira – do abandono da faculdade de publicidade para cursar teatro – e mergulhou no mundo das artes cênicas.“Melhorei como ser humano depois que fui fazer teatro”, afirma.

Dalton estreou na telinha na extinta Rede Manchete, na novela “Tocaia Grande”, em 1995, e na mesma emissora fez “Xica da Silva”. Mas foi na novela “Pérola Negra”, no SBT, contracenando com a atriz Patrícia de Sabrit, com quem também fez “Vidas Cruzadas”, na Record TV, que ele conquistou seu primeiro papel como protagonista.

Dalton também foi apresentador do programa Top TV, da Record TV, e do canal de televisão a cabo “People & Arts”, mas tornou-se conhecido no Brasil e no exterior em 2001, ao interpretar Said Rachid, na telenovela “O Clone” da Rede Globo, que foi reprisada em vários países como Espanha e Rússia. Na conversa, o ator comenta fatos interessantes como o caso de uma fã russa que resolveu estudar português para enviar uma carta a ele escrita de próprio punho. No bate-papo, Dalton fez uma imersão em trabalhos na televisão, como em “Fina Estampa”, da TV Globo. “Quando uma cena é bem legal, dá vontade de pegar o telefone e ligar para o diretor e agradecer”, diverte-se.

“Eu tive o privilégio de trabalhar com gente que escreveu a história da tevê brasileira, como Régis Cardoso, Walter, Avancini, o Roberto Talma e o Reynaldo Boury”, disse o ator ao comentar o recente trabalho na novela “As aventuras de Poliana”, do SBT. “Fazer Poliana foi muito legal, um dos melhores bastidores que eu tive em vinte e tantos anos de carreira”, analisa. Ainda na troca de ideias, o ator faz uma análise comportamental dos brasileiros e aponta a educação como uma mola propulsora para o avanço da sociedade. “Acho que as artes em geral tinham que fazer parte do currículo das escolas, porque é através dela que a criança pode exercitar sua criatividade, entender melhor o mundo e se colocar no lugar do outro”, conclui.