Um suposto hacker invadiu um grupo do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) no Telegram e afirmou que acessa “quem quiser e quando quiser”, segundo informações do G1. A conversa ocorreu na noite de terça-feira (11), quando conselheiros do CNMP estranharam mensagens de Marcelo Weitzel, do Ministério Público Militar, questionando a atuação da força-tarefa da Operação Lava Jato.

“Marcelo, essas mensagens são suas? Não está parecendo seu estilo. Checa teu celular aí”, disse um integrante do grupo. A resposta foi imediata: “Hacker aqui. Adiantando alguns assuntos que vocês terão de lidar na semana, nada contra vocês que estão aqui, mas ninguém melhor que eu para ter acesso a tudo”, respondeu o suposto invasor. A conversa foi publicada pelo jornal O Globo.

O suposto hacker ainda pede para avisarem o conselheiro Marcelo que o perfil dele foi liberado. “Acessei ontem apenas para mostrar que não sou como a mídia diz, que liga para o telefone com número internacional e tampouco com o mesmo número. Eu acesso quem eu quiser, quando eu quiser e pode ter verificado em 10 etapas. Ele já pode resgatar a conta dele, e que vocês saibam que eu apenas acessei a lava jato pois havia irregularidades que a população, incluindo vocês, deveriam saber”, declarou.

“Não tenho ideologias, não tenho partidos, não tenho lado, sou apenas um funcionário de TI”, completou o hacker.

Não há confirmação sobre quem hackeou o celular de Marcelo Weitzel e se foi a mesma pessoa que entrou em conversas do ministro Sergio Moro com procuradores da Operação Lava Jato. A Polícia Federal abriu quatro inquéritos para apurar quem teve acesso a conversas privadas e qual o método usado pelo invasor.

Reprodução/Telegram